Resenha: O Demonologista - Andrew Pyper

O Demonologista
Autor: Andrew Pyper
Ano: 2015
Páginas: 328
Editora: Darkside Books
Sinopse: O personagem que dá título ao best-seller internacional é David Ullman, renomado professor da Universidade de Columbia, especializado na figura literária do Diabo - principalmente na obra-prima de John Milton, Paraíso Perdido. Para David, o Anjo Caído é apenas um ser mitológico. Ao aceitar um convite para testemunhar um suposto fenômeno sobrenatural em Veneza, David começa a ter motivos pessoais para mudar de opinião. O que seria apenas um boa desculpa para tirar férias na Itália com sua filha de 12 anos se transforma em uma jornada assustadora aos recantos mais sombrios da alma. Enquanto corre contra o tempo, David precisa decifrar pistas escondidas no clássico Paraíso Perdido, e usar tudo o que aprendeu para enfrentar O Inominável e salvar sua filha do Inferno.

O que achei:

Em "O demonologista" conhecemos a história de David, um professor especialista em demônios (na verdade na obra "Paraíso perdido" de John Milton), e se intitula ateu. David é famoso pelos seus conhecimentos na área, e então um convite chega até ele vindo uma mulher misteriosa. Ele deve ir até a Itália analisar um caso que ninguém antes foi capaz de concluir por um pagamento alto.

Com o casamento um caos e um relacionamento abalado com a filha, David resolve embarcar nessa viagem. Leva então a filha com ele, afim de estreitar os laços e proporcionar a ela bons momentos. Já no avião coisas "estranhas" passam a acontecer com ele. Que o fazem questionar sobre o que é real e o que não é. E ele se vê envolto em um caso completamente contra tudo aquilo que ele acredita. E que não pode fugir ou poderá perder quem ele mais ama.

Sei que as opiniões sobre esse livro são bem divergentes, porém eu realmente gostei. Talvez por não esperar muito (pela quantidade de pessoas que se decepcionaram) e não esperar morrer de medo com ele. O livro tem sim algumas partes tensas, mas o teor investigativo e reunião de provas e fatos me interessou muito mais do que a espera por sustos.

Já vi muitas pessoas falarem que o modo de narrar do autor é parecido com o de Dan Brown, então se for mesmo eu estou pronta para enfim conhecer o autor. A narrativa de Andrew Pyper é muito fluida! Você em uma sentada lê o livro com toda certeza! Só não li mais rápido porque eu acabei intercalando com muitos outros livros. Mas a sua forma de narrar é bem de alguém contando uma história interessante. E eu adoro isso.

O livro teve sim alguns deslizes e momentos que eu senti que poderiam ser diferentes. MAS, como um todo este foi um livro muito gostoso de ler. As partes que ele faz referência à obra de Milton são bem interessantes e me deu grande vontade de ler.

O fim do livro gera muitos questionamentos por ser do estilo "livre" que eu não sou muito fã principalmente em livro de suspense, mas eu entendi qual era o objetivo do autor.

Por fim, recomendo o livro desde que você não espere TANTO dele assim.

Sobre o autor:

Andrew Pyper (1968) é o premiado autor de seis romances, entre eles Lost Girls (1999), vencedor do Arthur Ellis Award, selecionado pelo New York Times como um dos livros do ano, e best-seller nas listas do New York Times e do Times (Inglaterra). Seu livro The Killing Circle (2008) foi eleito o melhor romance policial do ano pelo New York Times. Três romances de Pyper, incluindo O Demonologista, estão sendo adaptados para o cinema. E ainda assim, seus livros continuavam inéditos em nosso país.

Sobre a edição:

A Darkside dispensa apresentações quando falamos de qualidade de livro não é mesmo? Mas, SE POSSÍVEL, eles capricharam ainda mais na edição de "O Demonologista". O acabamento lembra livro antigo (a lombada é como se fosse uma edição desgastada e arrancada com o tempo) tudo para dar o ar misterioso e sombrio ao livro. E o que falar das ilustrações? Maravilhosas. Amei.


Nas telinhas:

A Universal Pictures e a ImageMovers adquiriram os direitos sobre o livro em 2012. Em 2013, os estúdios anunciaram a contratação de Jonathan Herman escrever o roteiro enquanto Robert Zemeckis, Jack Rapke e Jackie Levine seriam os produtores. Porém, depois disso nada mais se falou nada sobre. Vamos esperar.

Nota no Skoob


Beijos!


Resenha: Era Uma Vez No Outono (As Quatro Estações do Amor #2) - Lisa Kleypas

Era Uma Vez No Outono (As Quatro Estações do Amor #2)
Autor: Lisa Kleypas
Ano: 2016
Páginas: 288
Editora: Arqueiro
Sinopse: A jovem e obstinada Lillian Bowman sai dos Estados Unidos em busca de um marido da aristocracia londrina. Contudo nenhum homem parece capaz de fazê-la perder a cabeça. Exceto, talvez, Marcus Marsden, o arrogante lorde Westcliff, que ela despreza mais do que a qualquer outra pessoa. Marcus é o típico britânico reservado e controlado. Mas algo na audaciosa Lillian faz com que ele saia de si. Os dois simplesmente não conseguem parar de brigar. Então, numa tarde de outono, um encontro inesperado faz Lillian perceber que, sob a fachada de austeridade, há o homem apaixonado com que sempre sonhou. Mas será que um conde vai desafiar as convenções sociais a ponto de propor casamento a uma moça tão inapropriada?

- Livro de parceria com a Editora Arqueiro. Obrigada ♥ -

O que achei

Na resenha do primeiro livro, eu falei o quanto estava ansiosa pelo livro da Lillian e do Lorde Westcliff. E Oh! Amei.

Lilian Bowman é americana e junto com a irmã e os pais se mudam para a Europa em busca de um marido. Porem, mesmo com uma grande fortuna as irmãs encontram problemas na busca, pois não correspondem ao comportamento que se espera de uma dama da época.

Lorde Westcliff é extremamente arrogante e exige completamento exemplar, é controlador, contido e um exemplar aristocrata da nobreza inglesa. Quem leu o livro anterior viu como ele era um mala. Mas como TODO personagem AZEDO dá em um livro incrível (oi Darcy), eu estava esperando ansiosa conhecer a história desse casal tão oposto.

Como Marcus está negociando com o pai de Lillian, ela irá passar uma temporada na sua casa e ele já está chateadissimo de ter que respirar o mesmo ar daquela mocinha tão insolente, porém quanto mais ele tenta fugir da presença da moça (inclusive fofinho armando um plano de ser seco na presença dela), mais eles se esbarram no meio da propriedade.

Lillian e a irmã amam aventuras. Tanto que a mãe não querendo que elas armem confusões na casa, as prendem no quarto. Dá certo? Não. Pois elas conseguem sair e se divertir. Em meio a um jogo com os empregados da casa, Marcus a vê e não consegue ignorar sua presença. E o que era ódio se torna fogo. Marcus não sabe o que acontece, pois toda vez que chega perto da jovem, ao mesmo tempo que quer matá-la, quer beijar o seu corpo por inteiro (palavras dele!).

E nesses encontros calientes que Lillian vê que por baixo daquele jeitinho ogro, tem um ser fofo e cheio de amor pra dar. Aw como não amar?

Lillian foi uma personagem que eu amei. Ela não se deixava levar pelo azedume do conde e adorava provocar ele. E Lillian tem um dom. Não uma bela voz ou extraordinária beleza, o que ajudaria na busca de um marido como diria a sua mãe, mas um nariz "digamos assim" apurado. Ou melhor, a bicha sabe usar o nariz. Então, não ouse passar com cheiro de CC (nhaca) perto da Lillian porque ela vai logo dizer do que é composto o suor. E é inclusive por essa habilidade que ela ganha um perfume de um vendedor que, de acordo com ele, atrairá um marido para ela. E quando Marcus parece não resistir aos seus encantos ao sentir o aroma, Lillian rapidamente "culpa" o perfume pelo curioso interesse do rapaz que antes parecia odiá-la.

Ah. Nem preciso dizer o que achei de Marcus não é mesmo? Apaixonante! Eu sempre fico louca com personagem azedo e fico esperando o livro dele para vermos que de azedo ele não tem nada. Marcus sente nas costas a pressão de garantir a reputação da família e do que espera a sua mãe (megeraaaaaaa!!) já que ela que teve um passado nada "puro" acredita que o filho deve ser um exemplo de aristocrata.

Algo que eu amei no livro também é o fato de como a autora não fica focada em um plot inicial, quem costuma ler romances de época sabe que ele segue um "curso" meio novela. Personagens não aceitam o amor, personagem masculino faz umas besteiras, personagem feminina faz doce, ai eles descobrem que se amam e BAM casamento e fim. Porém, algo que eu reparei já no primeiro volume, é que a Lisa não dá essa enrolada e os personagens meio que se tocam que se gostam já no meio e o conflito se dá mesmo por culpa dos fatores sociais e etc o que eu acho muito interessante de ser abordado pois dá realismo na história já que sabemos que nessa época os fatores sociais eram muito importantes e destruiam os amores mais fofinhos em "prol" de um bem coletivo. E em "Outono" não é diferente, Lillian era uma personagem que não conseguia marido por ser "americana" o que na época era considerados "ruins" no sentido de boas maneiras, já que as meninas não se comportavam como princesas do gelo que ouvem caladas o que o marido quer dizer. E o mais interessante de ver neste livro, o que me fez gostar bem mais dele do que do primeiro livro "verão", é que o conde passa por muitos conflitos para ir contra tudo aquilo que ele achava "certo", já que Lillian era tudo o que ele NÃO deveria procurar para ser sua esposa e mãe dos seus herdeiros. Foi fofo ver o amor chegando na porta dele, aquela coisa tão avassaladora que você nem sabe de onde foi atingido. E ainda mais por ele ter sido um personagem que julgou tanto o amigo (mocinho do livro um) por ter se apaixonado por alguém "não conveniente". Foi lindo ver as cenas em que a Lillian o deixava sem ar (e a coitada achando que era o perfume haha) e de como ele lutou por ela. E inclusive tendo forças para se colocar em primeiro lugar na família. LINDO.

Por fim, eu amei como a autora conduziu o livro, sabendo novamente trabalhar os outros personagens assim como as cenas fofíssimas do casal do livro um. O que eu mais amo em séries desse tipo (cada livro um casal) é como você continua a acompanhar aquele casal (mesmo que por pano de fundo) e fica sabendo das novidades da vida e de como eles continuam mais fofos que nunca.

E o que falar das cenas finais? Acontece tantas coisas, que só lendo! Bem novela. Confesso que até mesmo me surpreendi pelas cenas que a autora colocou! Quem diria que romance de época poderia ser tão emocionante? Peguem agora. Essa série é puro amor.

Amei e já quero o da Evangeline.

Sobre o autor

Depois de se formar na Universidade de Wellesley em Ciências Políticas, publicou seu primeiro romance aos vinte e um anos de idade. Em 1985, ela foi nomeada Miss Massachusetts e competiu o Miss America, em Atlantic City. Lisa está casada e tem dois filhos.
Em sua página na web, a autora conta: "Comecei a escrever romances porque sempre amei lê-los. Indiscutivelmente, fui uma nerd durante toda a escola primária e, mesmo "florescendo" na secundária, acredite, a nerd interior ainda estava aqui. Nunca pude imaginar um tempo melhor aproveitado do que lendo um livro, e este amor pela leitura, com o tempo, se traduziu num profundo desejo de escrever um."

Sobre a edição:

A capa de "Era uma vez no Outono" segue o mesmo estilo do volume anterior, partes de uma mocinha, apesar que dessa vez eu não achei que a moça da capa combinou muito com a vibe do livro. Mas adorei o tom quente bem cara de outono. Lindo. A diagramação continua de primeira, e o livro levinho do jeito que eu gosto pra ler no ônibus.

Nota no Skoob (4,5)

Confira a resenha do primeiro volumeSegredos de Uma Noite de Verão

Beijos!

Resenha: Ligeiramente Casados (Os Bedwyns #1) - Mary Balogh

Ligeiramente Casados (Os Bedwyns #1)
Autor: Mary Balogh
Ano: 2014
Páginas: 288 
Editora: Arqueiro
Sinopse: À beira da morte, o capitão Percival Morris fez um último pedido a seu oficial superior: que ele levasse a notícia de seu falecimento a sua irmã e que a protegesse "Custe o que custar!". Quando o honrado coronel lorde Aidan Bedwyn chega ao Solar Ringwood para cumprir sua promessa, encontra uma propriedade próspera, administrada por Eve, uma jovem generosa e independente que não quer a proteção de homem nenhum. Porém Aidan descobre que, por causa da morte prematura do irmão, Eve perderá sua fortuna e será despejada, junto com todas as pessoas que dependem dela... a menos que cumpra uma condição deixada no testamento do pai: casar-se antes do primeiro aniversário da morte dele o que acontecerá em quatro dias. Fiel à sua promessa, o lorde propõe um casamento de conveniência para que a jovem mantenha sua herança. Após a cerimônia, ela poderá voltar para sua vida no campo e ele, para sua carreira militar. Só que o duque de Bewcastle, irmão mais velho do coronel, descobre que Aidan se casou e exige que a nova Bedwyn seja devidamente apresentada à rainha. Então os poucos dias em que ficariam juntos se transformam em semanas, até que eles começam a imaginar como seria não estarem apenas ligeiramente casados... Neste primeiro livro da série Os Bedwyns, Mary Balogh nos apresenta à família que conhece o luxo e o poder tão bem quanto a paixão e a ousadia. São três irmãos e três irmãs que, em busca do amor, beiram o escândalo e seduzem a cada página.

O que achei:

“O que é o amor além de um termo abstrato que não pode sequer ser definido senão em ações?”

"Ligeiramente casados" é o primeiro volume da série "Os Bedwyns". E aqui conhecemos Eve e o Lorde Aidan.

O livro se inicia no campo de batalha, em que o coronel Aidan Bedwyn se encontra com o seu companheiro de batalha, o capitão Percival Morris à beira da morte. Percy faz então um último pedido ao seu oficial, que ele leve a notícia de seu falecimento para a sua irmã e que a proteja "custe o que custar".

Aidan fica curioso com o pedido, e ao conhecer Eve não entende o pedido do capitão. Eve possui uma propriedade próspera, é independente e não parece precisar de homem nenhum. Porém, não demora muito para que ele saiba que pela morte prematura do irmão, Eve perdera sua fortuna e será despejada junto com aqueles que ela abriga. A menos que cumpra o testamento do pai: Se case antes do primeiro aniversário de morte dele ou então o seu primo será dono de tudo. (Adendo: Adorei Aidan lidando com o primo nojento da Eve).

Eis QUE? Alguém advinha a ideia do Aidan? Quem quem quem? Isso mesmo. Ele propõe a ela um casamento de conveniência em que após a cerimônia ele volta para casa e ela fica no seu lar e vive uma vida normal. Ela aceita o trato, mas nada é tão simples como parece.

O irmão de Aidan, o Duque, descobre o casamento e exige que Aidan apresente sua esposa para a rainha e é aí que eles se veem obrigados a levar o casamento por mais tempo que imaginavam. Eve se vê em meio a uma vida que ela não desejava.


"Li em algum lugar que muitas vezes passamos a vida buscando algo que já possuímos."


O livro nos traz um romance fofo, com protagonistas fortes e determinados. Evie, vou pedir licença para o Aidan e usar as suas palavras para descrevê-la. Evie ama todas as criaturas, não importando a aparência delas, a posição social ou o passado. É aquele tipo de pessoa que é a cara de uma mocinha de novela mexicana, meio branca de neve que fala com os pássaros ou Cinderela como os seus amiguinhos ratinhos. Fofa. Porém, é importante destacar que isso não a torna uma personagem "frágil", ou que precisa ser salva. Pelo contrário, Eve ama tanto aqueles que precisam de apoio que faz com que a gente se questione sobre o que está fazendo no mundo pelo próximo. Uma personagem inspiradora.

Sobre o mocinho, eu gostei do Aidan. No início eu meio que tive as muitas dúvidas de como o livro funcionaria com persongens tão "cabeça dura", mas tudo deu tão certo. Gostei que a relação dele e da Eve não caiu no clichê de casamento falso (não dormirei com você porque não estamos casados de verdade) e também de como podemos conhecer a dinâmica da sua família. Que por sinal eu preciso do livro do Duque PRA ONTEM!

E o que falar das crianças? Elas deram o toque leve ao livro e claro foram as protagonista das cenas MAIS LINDAS DO LIVRO!! Eu me vi querendo chorar que nem uma atriz mexicana. LINDOS. Amei a dinâmica deles com os personagens e meusdeusdoceu as cenas deles com o Aidan OWN. Ah! O quão gracioso é ler um livro com crianças? Ainda mais duas! Eu amei como a autora colocou os pequenos órfãos na história. Quantas cenas fofas.

Por fim, eu gostei muito da leitura, houveram alguns pontos altos e baixos e alguns momentos que eu quis matar alguns personagens. Mas eu gosto assim, dos que causam muitas emoções. Eu já estou ansiosa por ler os outros volumes da série e conhecer os outros membros dessa família orgulhosa que são os Bedwyns.

"Nós, Bedwyns, sempre levamos o casamento muito a sério, Eve. Qualquer pessoa que se case com um de nós precisa estar preparada para ser amada e cuidada pelo resto da vida."

Sobre o autor

Mary Balogh nasceu e foi criada no País de Gales. Ainda jovem, se mudou para o Canadá, onde planejava passar dois anos trabalhando como professora. Porém ela se apaixonou, casou e criou raízes definitivas do outro lado do Atlântico.
Sempre sonhou ser escritora e tinha certeza de que, no dia em que escrevesse um livro, ele seria ambientado na Inglaterra do Período da Regência. Quando sua filha mais nova tinha 6 anos, Mary finalmente encontrou tempo para se dedicar ao antigo sonho. Depois de três meses escrevendo na mesa da cozinha, a primeira versão de sua obra de estreia estava pronta. Publicada em 1985, deu a Mary o prêmio da Romantic Times de autora revelação na categoria Período da Regência. Em 1988, depois de vinte anos de magistério, ela passou a se dedicar apenas aos livros.

Sobre a edição

Se torna até clichê falar o quão linda são os livros de romance de época da arqueiro. Confesso que eu não sou muito fã de meninas e meninos na capa dos livros, mas adorei o ar sereno como ficou aqui. Gracinha.

Nota no Skoob

Beijos!

Resenha: Sedução da Seda (As Modistas #1) - Loretta Chase

Sedução da Seda (As Modistas #1)
Autor: Loretta Chase
Ano: 2016
Páginas: 288
Editora: Arqueiro
Sinopse: Talentosa e ambiciosa, a modista Marcelline Noirot é a mais velha das três irmãs proprietárias de um refinado ateliê londrino. E só mesmo seu requinte impecável pode salvar a dama mais malvestida da cidade: lady Clara Fairfax, futura noiva do duque de Clevedon. Tornar-se a modista de lady Clara significa prestígio instantâneo. Mas, para alcançar esse objetivo, Marcelline primeiro deve convencer o próprio Clevedon, um homem cuja fama de imoralidade é quase tão grande quanto sua fortuna. O duque se considera um especialista na arte da sedução, mas madame Noirot também tem suas cartas na manga e não hesitará em usá-las. Contudo, o que se inicia como um flerte por interesse pode se tornar uma paixão ardente. E Londres talvez seja pequena demais para conter essas chamas.

- Livro de parceria com a Editora Arqueiro. Obrigada ♥ - 


O que achei

Em "Sedução da seda", primeiro volume da série "As Modistas", conhecemos Marcelline Noirot. A mais velha de três filhas. Com pais que foram péssimos e trapaceiros, ela teve que lutar para não deixar as irmãs desamparadas. Marcelline tem um grande talento para a moda e costura e é aí, com a sua loja de vestidos, que ela, as irmãs e a sua filha Lucie ganham o seu sustento.

Com dificuldades de atrair a nobreza para a sua clientela, elas armam planos de atrair clientes poderosos para que eles atraiam outros. E ninguém melhor de atrair do que a futura duquesa Clara Fairfax. Porém, para chegar na provável futura duquesa, Marceline arma um plano de se aproximar do duque e provar que é a melhor modista para vestir a sua noiva.

Porém, assim que conhece o Duque Clevedon faíscas rolam e um jogo de sedução se inicia mesmo que ela lute contra isso. Em busca de sanidade, ela deixa claro que está ali para transformar a futura duquesa em um belo cisne, mas a cada olhar, cada toque do duque se torna mais difícil resistir a ele.

Ah por onde começar? Eu confesso que estava com um pé atrás com ele livro, afinal não tinha tido uma ótima experiência com "Principe dos canalhas", mas depois de tantas resenhas positivas resolvi dar uma chance. Solicitei na parceira com a editora arqueiro e foi amor à primeira visto. Que capa linda é essa?  Cada detalhe é encantador.

Marceline é diferente das mocinhas que eu geralmente encontro. E não só pelo fato de não ser rica. E sim por ser viúva e com uma filha de seis anos. Gostei do fato dela saber do poder que exerce nos outros. De saber usar os truques certos ao seu favor.
Porém, não se encane com os seus truques. Eles não são tão inocentes assim, afinal o sangue dos seus pais famosos vigaristas corre nas suas veias. Então não esperem uma mocinha doce, certinha e inocente. Marceline sabe o que quer, onde quer chegar e como vai fazer para conseguir. Então preparem-se para relevar algumas coisas "ações contraditórias" das irmãs Noirot.

O mocinho por outro lado é um libertino, que mesmo com a noiva prometida (que ele acredita amar desde a infância) decidiu viver os seus últimos anos de "liberdade" na "gandaia" em Paris. Escrevendo cartas para a noiva contando da sua vida (a parte inocente claro). Até que conhece a ousada (quase abusada) modista. Que com um olhar já vira o seu mundo de cabeça pra baixo.

Eu amei o fato de como o mocinho ficou tão abalado pela mocinha. De como a simples presença dela em algum lugar já fazia ele tremer na base. Eu adorei como ele acabou sendo o que muito do que vemos em mocinhas (além do seu tempo) em outros livros. Na verdade o casal é assim. A Marceline é muito como os mocinhos e ele como as mocinhas. Soa estranho, eu sei. Mas eu adorei com a autora elaborou isso. A questão do amor, da gratidão, do que realmente somos. Tantos sentimentos trabalhados tão lindamente. Amei esse mocinho (a relação dele com a filha dela nhoim). 

Algo que eu senti medo de ser o "drama" do livro foi o fato dela ter ido atrás dele para que ela pudesse vestir a futura duquesa e ser "não vou contar pra ele e aí ele descobre depois que estamos envolvidos aí tem um mimimi". Dei até um gritinho quando vi ela ser logo direta de "olha meu filho eu quero vestir a sua futura esposa. Olha como estou linda usando um vestido meu". Obs. Não foi com essas palavras, mas finge que foi. Outro ponto positivo foi de como a autora não transformou a Clara em antagonista. E você acaba sentindo uma empatia por ela (ela é a mocinha do quarto livro) o que eu achei bem real porque foge do clichê novela mexicana, mocinha/vilã/mocinho. Afinal na vida real é normal nos apaixonarmos e depois percebemos que não era bem assim. Aí a vida continua e tra.

Sobre o final, eu amei a construção da relação dos protagonistas. Nós podemos sentir o quão difícil era tudo o que eles teriam que enfrentar para ficarem juntos. E eu quase me vi com uma amiga querendo dar conselhos para a Marcelline! Por vários momentos senti pavor, confesso. Foi tudo tão lindo. Que eu quase senti o amor crescendo em mim e virando um triângulo amoroso com esse casal (aquelas).

Por fim, a autora continua não sendo a minha "favorita" do gênero, porém, este livro serviu para que eu fizesse as pazes com ela. Sedução da seda é diferente de tudo o que eu já li, é intenso e lindamente melancólico. Confesso que teve uma cena em especial que eu até senti vontade de chorar. Cada palavra tão intensa que tocou no fundo do meu coração. Recomendo!

Sobre o autor


Loretta Lynda Chekani nasceu em 1949 numa família albanesa. Assim que aprendeu a escrever, passou a pôr no papel as histórias que inventava. Formou-se em inglês pela Clark University, onde trabalhou meio período como professora, ao mesmo tempo que escrevia roteiros. Foi quando conheceu um produtor que a inspirou a publicar suas histórias. Os dois acabaram se casando. Com o sobrenome do marido, Loretta Chase vem publicando romances históricos desde 1987, pelos quais ganhou vários prêmios, inclusive o RITA, da Associação Americana de Escritores de Romances, por O príncipe dos canalhas.


Sobre a edição



Ah que capa maravilhosa. Adorei a diagramação (as letras são enormes!) adoro essa sensação que você rapidinho leu muito mesmo tendo lido pouco hahahha. Adorei os tons de azul da capa (já falei antes como amo quando as capas tem pedaços de vestidos e não necessariamente a mocinha ou mocinho na capa) e adorei o fato dele ser levinho. Ótimo para quem lê no ônibus como eu. AMEI.

Nota no Skoob


Beijos!

Resenha: De Volta Para Casa - Karen White

De Volta Para Casa
Autor: Karen White
Ano: 2013
Páginas: 448
Editora: Novo Conceito
Sinopse: Cassie Madison fugiu de Walton, Geórgia, para Nova York quando soube que sua irmã, Harriet, e seu amor, Joe, tinham-na traído e iam se casar. Ao chegar em Manhattan, sua ideia era se reinventar, mergulhar de cabeça na carreira e até mesmo perder o sotaque provinciano. Tudo para apagar seu passado marcado pela traição e por uma família que não lhe tratara com o devido cuidado.
Mas, numa noite, um único telefonema de sua irmã trouxe de volta tudo que ela pretendia esquecer. Com o pai muito doente, ela foi obrigada a fazer a viagem de volta e, enquanto arrumava as malas, seus maiores medos eram que o pai morresse sem que ela pudesse estar com ele e... encontrar a família feliz que Harriet e Joe tinham construído.
Já em Walton, Cassie percebe que enfrentará uma imensa batalha particular, porque, afinal, ela não consegue deixar de amar seus sobrinhos — e nem deixar de se sentir em casa, naquela cidadezinha de sua infância.
Enquanto se divide entre o rancor e a esperança, velhas e queridas lembranças e uma mágoa insustentável, o destino arrumaria uma forma de aproximá-la do que realmente importa: o verdadeiro amor.

O que achei:

Cassandra, ao ter a notícia que o namorado e a irmã fugiram para casar bem no dia do seu baile de formatura. Ela resolve então ir embora da cidade e esquecer toda a tristeza e decepção da traição.

15 anos se passam, Cassie é noiva e bem sucedida em NY e tudo ia bem. Até que uma noite ela recebe um telefonema da irmã avisando que o pai está à beira da morte e que ele deseja a sua presença. A partir daí que Cassie se vê obrigada a lidar com questões do passado que demorou tanto tempo para "esquecer".

O perdão, por ser um tema pouco abordado nos livros atuais, é sempre um plot interessante de se ler. Porém, confesso que eu não gostei da forma como ele foi abordado no início do livro, em que colocavam para Cassie o perdão da irmã que fugiu com o amor da sua adolescência (e agora é casada com ele e com cinco filhos). Eu sentia que sempre parceria que o fato de Cassie guardar um rancor do fato da irmã nem ao menos ter pedido desculpas era colocado como uma atitude mimada. Que aí porque ela não esqueceu e deixou pra lá. 

Claro que, eu não estou falando que ela está certa ou errada de se sentir assim, porém o fato dos outros personagens do livro não respeitarem a sua dor (principalmente por ser uma irmã) e de colocarem isso como um sentimento egoísta me incomodou bastante. Afinal não podemos mensurar a dor do outro de acordo com o que "achamos" ser um motivo para o sofrimento. Então achei que a autora poderia ter desenvolvido isso melhor na história.

Por outro lado, eu gostei bastante da carga emocional que a autora colocou na trama, assim como a reconstrução do laço entre as irmãs. Apesar de continuar achando que um ponto ou outro ainda foi forçado (aquelas difíceis haha).

Este é o meu primeiro contato com a autora e eu adorei a escrita. Super fluida (você nem sente as páginas passarem) e eu achei fofa a forma como ela construiu o clima de cidade pequena. Bem coisa de filme. Na verdade, o livro todo é bem filme da sessão da tarde. Aqueles que se passam no interior, que falam sobre problemas familiares e que a mocinha da cidade grande que volta pra cidade natal e acaba encontrando um antigo novo amor (uma coisa meio Hart of Dixie! Quem não viu a série VEJA!). Clichê eu sei, porém não um clichê ruim. Aquele que você meio que sabe tudo o que cai acontecer, mas isso não importa tanto assim. O livro tem um estilo bem Nicholas Sparks então os fãs do autor devem gostar desse aqui.

Por fim, recomendo o livro para aqueles momentos que você quer ler um livro draminha, com clichêzinho é uma dose de açúcar.

Leitura #Monylada : @monique_lima / @danniml .

Sobre o autor


Karen vem de uma longa linha de sulistas , mas passou a maior parte de sua infância, em Londres , na Inglaterra e é um graduada na Escola Americana em Londres e tem um grau de BS da Universidade de Tulane . Ela atualmente mora perto de Atlanta, Georgia , com o marido e dois filhos, e um estragados cão Havanese ( que aparece em vários de seus livros) , Quincy . Quando não está escrevendo , ela gasta seu tempo lendo, tocando piano, e evitando a cozinha.

Sobre a edição:


Nota no Skoob (3,5)


Beijos!


Resenha: O Mistério da Estrela - Neil Gaiman

O Mistério da Estrela
Autor: Neil Gaiman
Ano: 2008
Páginas: 280
Editora: Rocco
Sinopse: Apenas um muro de pedras cinzentas separa o vilarejo de Wall do mundo das fadas. Existe uma pequena abertura, vigiada dia e noit por dois habitantes, que usam bastões de madeira para impedir que alguém passe para o outro lado. Para conquistar o amor da bela Victoria Forester, o jovem Tristan Thorn precisa lhe trazer uma estrela cadente que ambos viram cair do céu... no mundo das fadas. Na sua longa e fatigante jornada, enfrentará inimigos que também querem a estrele, viverá aventuras que jamais imaginou e acabará desvendando toda a verdade sobre si mesmo.

O que achei:


"Era uma vez um rapaz que queria realizar o Desejo de seu Coração".

Em Stardust conhecemos a história de Tristran. Um jovem apaixonado que promete a sua amada, Victoria a menina mais bonita da vila, lhe trazer a estrela cadente que ambos viram cair do céu para que ela o aceite. E acompanhamos então a sua viagem da muralha até o mundo mágico onde viverá grandes aventuras.

Porém, existem outros atrás da estrela. Três herdeiros devem encontrá-la para assim merecer a herança do reino e ainda uma bruxa, uma de três rainhas das bruxas, busca a juventude.

Que livro fofo. Ele é bem diferente dos outros livros que eu li do Neil Gaiman, então acho que quem quer conhecer a escrita apaixonante do autor pode começar com ele. Aqui temos aquele tom nostálgico de magia. De contos de fadas. Sabe aqueles livros na medida certa sem exageros? (como encontramos hoje. Tudo é distópico, tudo é guerra, tudo é série kkkk) que você lê com um sorriso no rosto (apenas de ser como tudo do Neil Gaiman não tão fofo se você prestar atenção nas entrelinhas). Porém, não confunda a minha classificação de conto de fadas com "aí princesa em perigo bla" não, de conto com aquela coisa de "era uma vez, um vilarejo mágico".

Mas, novamente eu alerto sobre a minha classificação de fofura. Aqui temos algumas cenas com conotação sexual e também de morte e sangue. 

Aqui encontramos bruxas, unicórnios, magos, maldições, profecias e, claro, enigmas. Quem já lê o Neil Gaiman sabe que ele adora se utilizar desse artifício de escrita. Como passagens que você fica com mil possibilidades na cabeça, ele não te dá todas as respostas e exige que você use a sua imaginação para ir além.

Perfeito não é? Por isso grito aos quatro ventos como esse autor é genial. Pois todos as suas obras, sejam as histórias em quadrinhos, releituras de contos, romances e infanto-juvenil sempre tem um que mais, um ponto que cada leitor irá ver de uma forma. Gerando mil discussões e diferentes descobertas.

Eu já conhecia (de certa a forma) a história pelas várias vezes que vi o filme, mas engana-se quem julga um pelo outro. Apesar do filme manter a essência geral do livro, várias mudanças (importantes) foram feitas. Porém, antes que vocês venham me questionar se isso é ruim, vou dizer que não. De certa forma, dependendo do que você busca no livro, o filme traz mais a questão do amor. Do toque romance de conto. E no livro outros pontos acabam tendo mais importância. Então posso dizer que amo ambos, e de cada um eu pude absorver algo diferente. Apesar de sentir mais vontade de rever o filme do que reler o livro (apesar de com certeza fazer isso um dia no futuro).

Amei! Um livro curtinho, mas com um mundo com tantas aventuras e descobertas que não tem como não se contagiar. Meio "conto da carochinha" Se eu tivesse que destacar um defeito séria sobre a construção do final. Acredito que mesmo o livro não me prometendo isso, eu esperei mais dele. Sou uma pessoa ligada à detalhes e a falta deles me deixou um pouquinho decepcionada.

Mas, isso tudo se torna pequeno diante da experiência que foi ler o livro. Adorei.


Sobre o autor


Neil Gaiman nasceu em 1960, na cidade de Portchester, Inglaterra. Desde pequeno, demonstrou sua ligação com os quadrinhos. Seu trabalho mais conhecido é "Sandman", que o imortalizou entre os fãs de HQs. Por 75 números, Gaiman e "Sandman" foram se tornando cada vez mais famosos. A série tornou-se o carro-chefe do selo Vertigo, destinado a um público geralmente adulto que não queria mais saber de super-heróis. O autor ganhou reconhecimento da crítica ao receber prêmios ao redor do mundo, entre eles o prestigiado World Fantasy Award, geralmente concedidos apenas a obras em prosa.

Sobre a edição:

A edição da Rocco é linda! A capa com brilhos nos detalhes dá um toque ainda mais encantador no livro. Dentro a diagramação é linda. Com vários detalhes e ilustrações. Apaixonante.

Nas telinhas:

Stardust - O Mistério da Estrela é um filme britânico-americano de 2007 dirigido por Matthew Vaughn. O filme conta com um elenco que inclui Claire Danes, Robert De Niro, Michelle Pfeiffer, Charlie Cox, Sienna Miller, Rupert Everett, Nathaniel Parker, Peter O'Toole, David Kelly, e Mark Heap.

trailer: 

Nota no Skoob

Beijos!


Resenha: Highland Dragon - Kimberly Killion

Highland Dragon
Autor: Kimberly Killion
Ano: 2009
Páginas: 352
Editora: Zebra (ebook)
Sinopse: Escócia1502: Akira Neish foi criada como uma camponesa, sua barriga vazia e sua família a mercê dos caprichos cruéis do laird de seu clã.
Para as crianças do clã, a marca de nascença que ela carrega significa que é uma bruxa.
Mas ela não é nem camponesa nem bruxa - e agora o homem que sabe a verdade voltou para reclamá-la como esposa.
Calin MacLeod conhece os segredos de Akira e para vingar seu pai, o jovem e sensual laird deve se casar com ela. A natureza ardente da mulher é tão feroz quanto a sua. No entanto, a paixão que eles compartilham - e as verdades que não podem mais permanecerem ocultas - poderiam dividir toda a Escócia.

O que achei


O livro conta a história de Akira Neish, filha biológica de um cruel Laird. Ele matou a sua mãe após ver que ela dera a luz a mais uma menina, e o seu destino seria o mesmo se o jovem Calin, que estava escondido vendo a cena, não a tivesse capturado e entregado para uma família adotiva após ver o mesmo homem matar em seguida o seu pai. Calin a marca com o brasão da sua família, pois um dia se casaria com ela, a herdeira do Laird, e vingaria a morte do seu pai.

Akira cresce alheia aos acontecimentos do seu passado e apenas sabe que tem um benfeitor que a ajuda e que um dia se casará com ela. SÓ QUE: Akira está longe de ser uma mocinha meiga e o guerreiro vai ter que REBOLAR para ficar com ela.

Meu deus que mocinho é esse? FOFO DEMAIS! Apaixonante. Uma coisa que eu amo em livros de Highlander é o fato da grande maioria deles serem ogros por fora e fofíssimos por dentro. Sempre tratando as mocinhas com proteção, carinho e fofura. O fato do mocinho praticamente venerar a mocinha é verdadeiramente lindo de ver.

Engraçado que ao ver o nome do livro, eu pensei que esse "Dragão" seria uma referência a um mocinho diabólico (ainda mais com essa sinopse falando sobre vingança). Mas meus caros amigos, o dragão aqui é a mocinha ! Ô bicha difícil! Cabeça dura, com uma língua afiada e que não leva desaforo pra casa. Mas que sabe ser fofinha quando quer, eu admito. Ri muito deles.

Algo que eu achei muito interessante no livro vou o fato de abordar (mesmo que não como assunto principal) a questão da violência doméstica. Já que naquela época as esposas eram "pertences" do marido e eles poderiam fazer o que bem quisesse. Eu amei o fato do mocinho abominar tal prática e até mesmo achar ofensivo quando a mocinha pede para que ele prometa que não a tocará dessa forma mesmo quando ela o provocar até o limite. Uma gracinha. Eu gostei muito do fato da autora ter colocado esse assunto na história e de principalmente de como os protagonistas abominam e se mobilizam para que tal prática não aconteça no clã🏼. E o que falar da aula de poder feminino que o livro dá? Maravilhosas as passagens das mulheres unidas lutando por um futuro melhor dentro de um clã machista?

E meu deus, diferente da maioria dos romances históricos que eu já li, este tem um vilão demoníaco! Confesso que por várias vezes pulei alguns atos bárbaros dele porque não queria lê-los em um livro que devia ser leve (aquelas dramáticas). Tenso.

Por outro lado, o livro tem vários momentos engraçados. O que foi a Akira exigindo que ele tome banho e tire a barba antes que tome liberdades com ela?

Por fim, este foi mais um histórico maravilhoso, adorei a mensagem feminista que o livro passou e também a capacidade da autora de abordar temas sérios sem se tornar enfadonho ou dramático, pelo contrário, soube fazer tudo isso no passar de páginas muito fofas e engraçadas. Recomendo mil.

Sobre o autor


Kimberly Killion é autora de romances sensuais com a temática medieval. 

Nota no Skoob

Beijos!



Resenha: Joyland - Stephen King

Joyland
Autor: Stephen King
Ano: 2015
Páginas: 240 
Editora: Suma de Letras
Sinopse: Um pequeno conselho: não se aventure na roda-gigante em uma noite chuvosa. Carolina do Norte, 1973. O universitário Devin Jones começa um trabalho temporário no parque Joyland, esperando esquecer a namorada que partiu seu coração. Mas é outra garota que acaba mudando seu mundo para sempre: a vítima de um serial killer. Linda Grey foi morta no parque há anos, e diz a lenda que seu espírito ainda assombra o trem fantasma. Não demora para que Devin embarque em sua própria investigação, tentando juntar as pontas soltas do caso. O assassino ainda está à solta, mas o espírito de Linda precisa ser libertado — e para isso Dev conta com a ajuda de Mike, um menino com um dom especial e uma doença séria. O destino de uma criança e a realidade sombria da vida vêm à tona neste eletrizante mistério sobre amar e perder, sobre crescer e envelhecer — e sobre aqueles que sequer tiveram a chance de passar por essas experiências porque a morte lhes chegou cedo demais.

O que achei:


"Quando se tem vinte e um anos, a vida é um mapa rodoviário. Só quando se chega aos vinte e cinco, mais ou menos, é que se começa a desconfiar que estávamos olhando o mapa de cabeça pra baixo, e apenas aos quarenta anos temos certeza absoluta disso. Quando se chega aos sessenta, vai por mim, já se está completamente perdido."

Joyland conta a história de Devin Jones, um universitário que se inscreve em um programa de emprego de verão no parque Joyland afim de guardar direito para a universidade agora que a mãe faleceu e o pai passa por dificuldades. Devin é virgem, mas tem ainda uma namorada, Wendy, pela qual é completamente apaixonado, mas logo que você vê a primeira frase que ele fala dela você já sabe que aquela ali é uma "bonitinha, mas ordinária" que vai quebrar o coração do bichinho assim que ele piscar duas vezes.

"Eu era um virgem de vinte e um anos com aspirações literárias. Tinha três calças jeans, quatro cuecas, um Ford velho (com um rádio bom), pensamentos suicidas eventuais e um coração partido"

Paralelamente ao drama emocional de Devin, conhecemos a história de Linda Grey. Uma jovem que foi morta muitos anos atrás dentro do parque e de acordo com o que contam, o seu espírito ainda assombra o trem fantasma. Claro que isso chama atenção dos jovens temporários e eles passa a investigar o caso. Tudo parece brincadeira até que Devin faz uma visita a cartomante do parque (por brincadeira), mas com o tempo as suas previsões não parecem tão bombas assim.

Durante esse tempo, muitas pessoas passam na vida de Devin, inclusive um fofo garotinho com distrofia muscular e a sua mãe. E com eles ele percebe como a vida é muito mais do que problemas com namoradas ou a virgindade. E resolve ficar no parque para trabalhar em definitivo e descobrir quem afinal matou Linda Grey. Com a ajuda de um dom muito especial do garoto.


"Ele desenrolou a linha e a pipa subiu, primeiro sobre a areia e depois sobre o mar, indo cada vez mais alto naquele azul de fim de tarde em setembro. Eu observei por algum tempo, depois arrisquei um olhar para a mulher. Ela não se enrijeceu com meu olhar porque não o viu. Toda a sua atenção estava no filho. Acho que nunca vi tanto amor e tanta felicidade no rosto de uma pessoa. Porque ele estava feliz. Os olhos dele brilhavam e a tosse havia parado."

Este foi mais um livro muito bom do mestre Stephen King. Sei que muitas pessoas consideram este um dos livros mais fracos do autor (principalmente pelo fato de absolutamente não ser de terror), mas eu realmente gostei. Tem uma pegada nostalgia de filmes dos anos 70/80/90 da sessão da tarde com uma vibe de horror então eu me senti "em casa” adoro filme antigo. E eu adoro também esse clima de circo/parque de diversões em que conhecemos jargões, bastidores de atrações, lendas que "fulano disse que ciclano disse que viu um fantasma ali", homens que parecem malvados, mas só são rabugentos, mulheres bonitas e em Joyland temos o Plus de ter jovens no meio.

Algo que eu não gostei no livro foi a organização do livro. O fato de não ter capítulo, não sei vocês, mas eu gosto de me organizar em metas diárias hahah ou momentâneas, então o fato da edição não ter (só são separados com corações) me fez cansar rápido porque parecia que se eu parasse seria o mesmo que eu parar um livro no meio do capítulo. OK que possivelmente este ponto tem ligação com algum transtorno obsessivo meu, mas eu precisava desabafar (aquelas).

MAS, isso foi uma questão muito pessoal ligada a formatação, então não pode ser julgada como uma crítica direta ao livro.

Em Joyland encontramos uma mistura de drama (boatos dizem que no final dá uma coceira nos olhos), romance, amadurecimento, mistério, amizade, sobrenatural e uma galerinha que vive altas aventuras haha. Simples, porém, cheio de substância. Tem umas cenas tão doces que me deixaram com o coração aquecido. E sincero, muito sincero.

Adorei.

"Aquele outono foi o mais bonito da minha vida. Mesmo quarenta anos depois, ainda posso dizer isso. E nunca fui tão infeliz, também posso dizer."


Sobre o autor

Stephen King era um leitor fanático dos quadrinhos EC's horror comics incluindo Tales from the crypt, que estimulou seu amor pelo terror. Na escola, ele escrevia histórias baseadas nos filmes que assistia e as copiava com a ajuda de seu irmão David. King as vendia aos amigos, mas seus professores desaprovaram e o forçaram a parar. De 1966 a 1971, Stephen estudou Inglês na Universidade do Maine em Orono, onde ele escrevia uma coluna intitulada "King's Garbage Truck" para o jornal estudantil, o Maine Campus. Ele conheceu Tabitha Spruce lá e se casaram em 1971. O período que passou no campus influenciou muito em suas histórias, e os trabalhos que ele aceitava para poder pagar pelos seus estudos inspiraram histórias como "The Mangler" e o romance "Roadwork" (como Richard Bachman).

Sobre a edição


A Suma de Letras sempre arrasa nas suas publicações. A única coisa que eu não curti tanto foi o fato do livro nao ter capítulos. Tem umas divisões textuais com um simbolozinho, mas capítulo mesmo não tem O que claro não é culpa da editora haha, mas foi uma coisa que deixou a leitura um pouco cansativa. Para um livro tão pequeno.

Nas telinhas:

Os direitos de adaptação foram comprados por Tate Taylor, que deu início à sua carreira como roteirista e diretor com a adaptação de Histórias Cruzadas, cujos direitos foram adquiridos antes de Kathryn Stockett terminar de escevê-lo, ficará responsável também pela adaptação de Joyland. Isso em 2013, mas até agora nada se confirmou.

Nota no Skoob

Beijos!



Resenha: Segredos de Uma Noite de Verão (As Quatro Estações do Amor #1) - Lisa Kleypas

Segredos de Uma Noite de Verão (As Quatro Estações do Amor #1)
Autor: Lisa Kleypas
Ano: 2015
Páginas: 288
Editora: Arqueiro
Sinopse: Apesar de sua beleza e de seus modos encantadores, Annabelle Peyton nunca foi tirada para dançar nos eventos da sociedade londrina. Como qualquer moça de sua idade, ela mantém as esperanças de encontrar alguém, mas, sem um dote para oferecer e vendo a família em situação difícil, amor é um luxo ao qual não pode se dar. Certa noite, em um dos bailes da temporada, conhece outras três moças também cansadas de ver o tempo passar sem ninguém para dividir sua vida. Juntas, as quatro dão início a um plano: usar todo o seu charme e sua astúcia feminina para encontrar um marido para cada, começando por Annabelle. No entanto, o admirador mais intrigante e persistente de Annabelle, o rico e poderoso Simon Hunt, não parece ter interesse em levá-la ao altar apenas a prazeres irresistíveis em seu quarto. A jovem está decidida a rejeitar essa proposta, só que é cada vez mais difícil resistir à sedução do rapaz. As amigas se esforçam para encontrar um pretendente mais apropriado para ela. Mas a tarefa se complica depois que, numa noite de verão, Annabelle se entrega aos beijos tentadores de Simon... e descobre que o amor é um jogo perigoso. No primeiro livro da série As Quatro Estações do Amor, Annabelle sai em busca de um marido, mas encontra amizades verdadeiras e desejos intensos que ela jamais poderia imaginar.

- Livro de parceria com a Editora Arqueiro. Obrigada ♥ - 

O que achei

Em “Segredos de uma noite de verão” é o primeiro volume da série “As Quatro Estações do Amor” e aqui conhecemos Annabelle Peyton. Uma jovem pobre que vive com o irmão e a mãe. Tudo fica ainda pior quando o pai morre e ela vê a esperança de salvar a família só em um casamento com um homem rico. Porém, apesar de ser linda, nem um cavalheiro quer se casar com uma moça sem dote.

Todos sabem a infinidade de clichês que são os romances de época, porém este me proporcionou uma perspectiva diferente por se tratar de uma mocinha que não consegue se casar por não ter dote. Claro que outros livros já tiveram as suas mocinhas e mocinhos com dificuldade de matrimônios por serem pobres (pobre para a sociedade da época), mas me acostumei tanto com ladys e lordes que foi interessante pegar um diferente.

Anabelle, após várias temporadas fracassadas está  quase perdendo as esperanças. No alto dos seus 25 anos, prestes a ser considerada oficialmente uma solteirona, as únicas propostas que recebe são as de nobres casados dispostos a lhe dar uma "ajudinha" com as financias por um "pequeno" preço. 

"Existem dois tipos de pessoas: as que escolhem ser donas do próprio destino e aquelas que tomam chá de cadeira enquanto outras dançam"

E claro, tem Simon. O homem que povoa os seus pensamentos após um beijo roubado dois anos antes, no escuro de uma noite de verão. Mas Anabelle luta para esquecer o tal beijo. Simon é o filho de um açougueiro de classe média, que depois de muito esforço e trabalho conseguiu reunir uma fortuna impressionante. E assim não tendo como ser ignorado nas rodas da alta sociedade.

Depois do beijo eles nunca mais se falaram, até que ele se aproxima dela em um baile a chamando para dançar. O que ela recusa prontamente mesmo não tendo dançado ao menos uma vez na noite. 

"Não importava como ou por que Simon Hunt havia conseguido quebrar todas as defesas bem-construídas de Annabelle. O fato era, ele conseguira fazê-lo... E, portanto, era um homem a ser evitado a qualquer custo."

A Anabelle foi uma personagem que você no início corre o risco de te irritar bastante. Ela é que nem a Rochelle de todo mundo odeia o Chris. Pobre, mas esnobe haha. Mas, depois de pensar muito eu acabei entendendo o ponto da personagem. Nesse tipo de livro você tem que vestir a capa da época e tentar pensar com a cabeça das pessoas daquela época. O que irritou no início foi até interessante depois, já que podemos ir acompanhando o amadurecimento da personagem no decorrer do livro.



Por outro lado, o que falar do Simon!? Não sei por que, mas eu ando tão encantada pelos personagens masculinos que eu me apaixonei. Ele não tem papas na lingua e sempre respondia a Anabelle no mesmo nível jogando mesmo as verdades (não importa quão dura elas fossem) ali mesmo.


Ah. E o que falar das meninas, o livro puxa um assunto muito interessante e pouco abordado nos romances do estilo que é a amizade. Certo dizer que em muitos livros a protagonista tem uma amiga fiel, mas no livro encontramos um quarteto que não só dá a amizade, como fortalece, ajuda, apoia e empodera. Poucas vezes vemos amizades (entre mulheres principalmente) literárias assim. Foi incrível ler como essas amigas ajudam uma a outra a lidarem com os seus medos e fortalecer as suas qualidades (não ignorando os defeitos), até mesmo no caso da amiga que tem problemas com a gagueira, podemos ver as amigas destacando como isso não é um fator negativo para que ela ache um amor. AMEI o grupinho Annabelle Peyton, Evangeline Jenner, Daisy e Lillian Bowman e já quero elas arranjando um marido pra mim haha.

MAS

O livro ia tudo otimamente bem e perfeito (afinal eu AMO um amor cão e gato), porém confesso que na página 200 ele deu uma deslizada. Em um determinado momento eu mal reconheci o ritmo da história e também a personalidade da protagonista. Senti falta da mocinha ácida e atrevida do início. Parece que a autora se perdeu na sua própria história e passou a colocar mil coisas completamente sem sentido. Que em alguns momentos eu fiquei achando que tinha começado um livro com outra história. Isso me causou chateação porque eu realmente estava amando o livro! Porém, lá pela página 270 tudo voltou ao "normal" e a história voltou a ser ótima (considerando que o livro tem 288 páginas). O que não sei se no final das contas me deixou triste ou feliz (aquelas dramáticas). Mas tudo se tornou tão eletrizante e envolvente e emocionante que tudo ficou no passado.

Por fim, mesmo com essas 70 páginas desastrosas (exagero meu confesso) o livro é muito bom! Eu gostei muito da forma que a autora abordou o casal e principalmente por eles serem diferentes do que normalmente encontramos nos livros do estilo. Estou ansiosa para ler os outros livros da série. Principalmente da Lillian.

Sobre o autor

Depois de se formar na Universidade de Wellesley em Ciências Políticas, publicou seu primeiro romance aos vinte e um anos de idade. Em 1985, ela foi nomeada Miss Massachusetts e competiu o Miss America, em Atlantic City. Lisa está casada e tem dois filhos. Em sua página na web, a autora conta: "Comecei a escrever romances porque sempre amei lê-los. Indiscutivelmente, fui uma nerd durante toda a escola primária e, mesmo "florescendo" na secundária, acredite, a nerd interior ainda estava aqui. Nunca pude imaginar um tempo melhor aproveitado do que lendo um livro, e este amor pela leitura, com o tempo, se traduziu num profundo desejo de escrever um."


Sobre a edição


As edições da editora Arqueiro dispensam apresentações. E quando o assunto é romance de época então! Neste primeiro volume da série o livro é em tons de rosa, com uma mocinha de costas (confesso que eu não gosto TANTO de livros com rostos) que dá todo o toque romantico do livro. Amei. Quanto a diagramação, esta veio bem confortável e as páginas tem uma estrutura gostosa de pegar. O livro é leve, então foi perfeito pra mim que leio muito no ônibus. Adorei. Espero que os outros volumes da série acompanhem esse estilo.

Nota no Skoob

Beijos!


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