Resenha: O Voo da Libélula - Michel Bussi

O Voo da Libélula
Autor: Michel Bussi
Ano: 2015
Páginas: 400
Editora: Arqueiro
Sinopse: Na noite de 23 de dezembro de 1980, um avião cai na fronteira entre a França e a Suíça, deixando apenas uma sobrevivente: uma bebê de 3 meses. Porém, havia duas meninas no voo, e cria-se o embate entre duas famílias, uma rica e uma pobre, pelo reconhecimento da paternidade. Numa época em que não existiam exames de DNA, o julgamento estende-se por muito tempo, mobilizando todo o país. Seria a menina Lyse-Rose ou Émilie? Mesmo após o veredicto do tribunal, ainda pairam muitas dúvidas sobre o caso, e uma das famílias resolve contratar Crédule Grand-Duc, um detetive particular, para descobrir a verdade. Dezoito anos depois, destroçado pelo fracasso e no limite entre a loucura e a lucidez, Grand-Duc envia o diário das investigações para a sobrevivente Lylie e decide tirar a própria vida. No momento em que vai puxar o gatilho, o detetive descobre um segredo que muda tudo. Porém, antes que possa revelar a solução do caso, ele é assassinado. Após ler o diário, Lylie fica transtornada e desaparece, deixando o caderno com seu irmão, que precisará usar toda a sua inteligência para resolver um mistério cheio de camadas e reviravoltas.

- Livro de parceria com a Editora Arqueiro. Obrigada ♥ -

O que achei


(Esta resenha foi feita pela minha amiga Carol. Companheira de muitas leituras incríveis e de opiniões geniais o que me fizeram convidá-la para esta coluna. Obrigada Carol )

O Voo da Libélula é um livro francês escrito por Michel Bussi que já de início nos apresenta os acontecimentos da noite do dia 23 de dezembro de 1980: um acidente de avião que mata toda a tripulação e todos os passageiros do voo – todos exceto uma bebê de 3 meses. O problema é que duas bebês de 3 meses haviam embarcado no avião e, em uma época em que testes de DNA não eram viáveis, como saber qual das duas era a sobrevivente? Seria ela Lyse-Rose de Carville, a herdeira de uma família muito rica e conceituada, ou seria Émilie Vitral, vinda de uma família humilde e trabalhadora?  Depois de um longo processo e algumas reviravoltas, mesmo tendo sido estabelecido o veredicto, ainda restaram muitas dúvidas sobre o caso e um detetive particular, Crédule Grand-Duc, é contratado por uma das famílias para continuar as investigações, sendo que ele teria até o aniversário de 18 anos da sobrevivente para descobrir a verdade.

Sim, parece que eu acabei de contar vários spoilers do livro, mas na verdade nós começamos a acompanhar a história 18 anos depois, quando o detetive atinge o fim de seu prazo. Grand-Duc, já quase perdendo sua sanidade pelos anos gastos em uma investigação sem fim, planeja entregar um caderno com todas suas descobertas para Lylie (a sobrevivente) e, em seguida, tirar sua própria vida. Porém, várias reviravoltas acontecem e é possível que uma nova revelação traga novos rumos ao caso.

A história se passa em praticamente um dia e é dividida em capítulos bem curtos, os quais levam como título o dia e a hora exata do que está acontecendo. Cada um deles acompanha um personagem, que são vários, mas nós vivemos a história, principalmente, através de Marc, o irmão mais velho de Émilie. Os capítulos são contados em terceira pessoa, sendo que a única exceção é quando estamos lendo o caderno de investigações de Grand-Duc junto a Marc, o qual é contado em primeira pessoa e é através dele que ficamos sabendo todos os acontecimentos do passado relacionado ao acidente e as investigações. As passagens desse diário são todas colocadas na íntegra e fica muito interessante esse deslocamento de foco narrativo, pois em um momento estamos lendo um narrador observador, que é confiável e de repente já estamos lidando com um narrador personagem que não é nada confiável. O autor até usou um pouco esse recurso a favor do enredo, mas achei que poderia ser mais bem trabalhado. Eu poderia escrever um texto inteiro sobre a questão do narrador nesse livro, porque sempre achei esse aspecto bem interessante, mas essa resenha iria ficar interminável.

O livro é um mistério delicioso que te envolve aos poucos, a cada página e a cada capítulo, sempre adicionando mais uma dúvida na mente do leitor. A todo o momento acontece algo que você tem certeza que tem relação com o resto da história, mas você não tem todas as peças necessárias para fazer a conexão, e ao mesmo tempo, algo que você já considerava como certo acaba sendo completamente desmascarado. Além disso, se você é do tipo de leitor que gosta de ter todas as respostas, com uma conclusão certa, sem um desfecho muito aberto, que deixa o final mais por conta de quem está lendo, há grandes chances de você gostar desse livro. E apesar de eu considerar esse um aspecto interessante da história, senti um pouco que o autor precisou usar alguns recursos que deixou a história um pouco duvidosa, muitas coincidências começaram a acontecer, principalmente no final do livro, porém nada que atrapalhou o aproveitamento da leitura.

Em relação aos personagens, como eu disse, eles são muitos e bastante variados. Seguimos os avós tanto da Émilie quanto da Lyse-Rose, assim como os irmãos de cada uma – Marc e Malvina, além de outros. Infelizmente, o autor escolheu usar o Marc para a maior parte da história, que é um dos personagens menos interessantes do livro inteiro. Isso fica ainda mais óbvio quando o comparamos com a Malvina – a irmã mais velha de Lyse-Rose que, desde criança foi colocada sob uma pressão psicológica terrível pelo avô para convencer todos que a bebê sobrevivente realmente era sua irmã e, depois de anos, ainda continuou com esse terrível trauma e se transformou em uma mulher que se recusava a crescer e mantinha uma obsessão doentia pela irmã.  Além disso, não posso deixar de mencionar a Lylie – a personagem que parece ser o foco da história e é, na verdade, muito subdesenvolvida. O autor perdeu a chance de explorar uma incrível crise de identidade de uma garota que aos 18 anos, não tem ideia quais são suas verdadeiras origens e de repente tem seu mundo virado de cabeça para baixo novamente. Isso foi uma das coisas que eu mais senti falta no livro, sendo que minha principal crítica à história é a dificuldade de me relacionar com os personagens.

Por fim, apesar de alguns aspectos a serem considerados, eu recomendo esse O Voo da Libélula, com certeza, pelo seu enredo intrigante e surpreendente que prende o leitor e nos deixa sempre querendo saber mais até a última página.

****ALERTA DE SPOILER**** 

Essa resenha não ficaria completa se eu não fizesse um pequeno comentário sobre o final do livro. Eu fiquei um pouco decepcionada não com o desfecho, mas pelo autor não abordar a questão psicológica da situação (novamente) que é bem mórbida, na verdade. Ficamos sabendo que as duas bebês morreram e que a Lylie na verdade é basicamente uma ninguém, que não tem nem uma identidade própria e usa como nome a combinação dos nomes de duas bebês mortas, sendo que ela foi criada acreditando que era uma das duas. Imagina que incrível seria uma visão mais psicológica desse thriller? 

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Sobre o autor

Escritor francês de novelas detetivescas, analista politico e Professor de Geografia na University of Rouen

Sobre a edição


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Beijos!


Resenha: O menino que desenhava monstros - Keith Donohue

O menino que desenhava monstros
Autor: Keith Donohue
Ano: 2016
Páginas: 256
Editora: Darkside Books
Sinopse: Um livro para fazer você fechar as cortinas e conferir se não há nada embaixo da cama antes de dormir. O Menino que Desenhava Monstros ganhará uma adaptação para os cinemas, dirigida por ninguém menos que James Wan, o diretor de Jogos Mortais e Invocação do Mal. Jack Peter é um garoto de 10 anos com síndrome de Asperger que quase se afogou no mar três anos antes. Desde então, ele só sai de casa para ir ao médico. Jack está convencido de que há de monstros embaixo de sua cama e à espreita em cada canto. Certo dia, acaba agredindo a mãe sem querer, ao achar que ela era um dos monstros que habitavam seus sonhos. Ela, por sua vez, sente cada vez mais medo do filho e tenta buscar ajuda, mas o marido acha que é só uma fase e que isso tudo vai passar. Não demora muito até que o pai de Jack também comece a ver coisas estranhas. Uma aparição que surge onde quer que ele olhe. Sua esposa passa a ouvir sons que vêm do oceano e parecem forçar a entrada de sua casa. Enquanto as pessoas ao redor de Jack são assombradas pelo que acham que estão vendo, os monstros que Jack desenha em seu caderno começam a se tornar reais e podem estar relacionados a grandes tragédias que ocorreram na região. Padres são chamados, histórias são contadas, janelas batem. E os monstros parecem se aproximar cada vez mais. Na superfície, O Menino que Desenhava Monstros é uma história sobre pais fazendo o melhor para criar um filho com certo grau de autismo, mas é também uma história sobre fantasmas, monstros, mistérios e um passado ainda mais assustador. O romance de Keith Donohue é um thriller psicológico que mistura fantasia e realidade para surpreender o leitor do início ao fim ao evocar o clima das histórias de terror japonesas.

O que achei:

Jack Peter é um garotinho com síndrome de asperger. Após passar por um quase afogamento, junto com o único amigo Nick, Jack adquiri agorafobia, o que faz com que ele tenha meda de sair de casa e socializar com outras pessoas que não sejam do seu convívio. 

Para lidar com o seu transtorno, Jack vai a vários especialistas e em um deles, é encorajado a desenhar monstros com o intuito de externar o que se passa dentro dele e que ele não consegue lidar. Assim, junto com Nick, leva a atividade à sério. Os pais são do tipo "não sei como lidar então é melhor ignorar (pai) e ficar longe (mãe) do problema". Até que os monstros de Jack passam a ser mais presentes no dia a dia da família. O menino constantemente diz que os monstros estão querendo entrar e que eles não podem deixar. A mãe acredita ser mais um dos surtos do filho, porém o pai passa a vê-los também. E é aí que começam os reais problemas da família em lidar com o desconhecido.

Quem me conhece sabe que eu raramente pego logo para ler um livro que acabei de comprar, mas com este em especial, com essa edição tão linda, eu comecei logo que recebi. A narrativa é muito gostosa e o autor vai criando a atmosfera de suspense de uma forma que você nem vai sentindo, no início eu pensei que focaria mais na relação familiar de Jack, sua patologia e os pais. Porém, na medida em que o autor vai criando a atmosfera, você percebe que o ponto é bem mais embaixo. Ou melhor, dentro dos armários e embaixo da cama. 

Porém, devo ressaltar que este é um livro de experiência. Aquele tipo que você lê uma vez entende algo, lê uma segunda entende outra. E não só por ter um mistério a ser descoberto (o que eu amei por ser agathachristienatica), mas é inevitável que de certa forma você sinta que está perdendo algo. No fim, apesar de já ter descoberto o desfecho, foi impossível não me espantar mesmo assim. 

Se a sua pergunta no fim desde resenha é: Mas e aí? Ele dá medo? Minha resposta é não. Talez não o medo que acabamos esperando pelas sinopses (a dark tem que melhorar nisso), porém este é um livro perturbador. Me lembrou a atmosfera de "IT - A coisa" e "O sexto sentido", algo mais psicológico, lia e tinha a impressão que a qualquer momento aconteceria algo. Comigo buh.

Não sei explicar, porém posso dizer que recomendo muito o livro. Um dos melhores que já li em 2016 certeza. E mal posso esperar pelo filme que PROMETE!.


Ah! E o livro vem com uma proposta de fazer com que os leitores desenhem os seus monstros, e eu, como boa psicóloga que sou (aquelas) pedi para as minhas sobrinhas desenharem os delas. Ficaram com medo?! haha

Sobre a edição


Acredito que "O menino que desenhava monstros" é um dos meus livros mais lindos da estante. Fora o padrão "darkside" de qualidade de sempre, contamos ainda com uma capa com textura, e muitos, MUITOS detalhes nas páginas. O que eu achei incrível. 

Nas telinhas:
Os direitos do livro para adaptaação nas telonas foi comprado pela New Line e deve ser produzida por James Wan, o mesmo responsável por "Invocação do Mal".

Nota no Skoob

Resenha: Lick (Stage Dive #1) - Kylie Dive

Lick (Stage Dive #1)
Autor: Kylie Dive 
Ano: 2015
Páginas: 304
Editora: Universo dos Livros
Sinopse: No impulso de uma noite de diversão e bebedeira em Las Vegas, Evelyn Thomas casou-se com um desconhecido. No dia seguinte, porém, ela se deu conta de que aquilo fora um terrível engano. Então, decidiu manter este pequeno deslize em segredo. O que Evelyn não sabia era que havia se tornado a esposa do cobiçado David Ferris, guitarrista da famosa banda de rock Stage Dive. Agora, ao retornar para sua casa em Portland, ela terá de enfrentar as perseguições de repórteres, fugir às loucuras das fãs do astro e ainda encarar sua família, que não demonstrou nenhum contentamento com o ímpeto matrimonial da jovem filha. Será que Evelyn conseguirá resistir às delícias de David a fim de permanecer como “a garota certinha” ou decidirá embarcar nessa glamourosa aventura junto ao marido rockstar?

O que achei:

"Lick" é o primeiro de quatro livros sobre os meninos da banda de rock Stage Dive.

Ev e David Ferris, se conhecem em Las Vegas, e em meio em uma bebedeira danada acabam realizando o melhor clichê literário, SE CASAM! Só que: quando o lindo está levando café na sua cama, claro que Ev não tem ideia de quem é aquele moço.

Eles decidem cancelar o casamento e esquecer (ainda mais) o que tinha acontecido. Tudo daria certo se não fosse o fato de David ser o guitarrista da mega estourada banda SD. A imprensa descobre a novidade e ela vê a sua vida virar um verdadeiro inferno. E só David poderá lhe ajudar.

Se você está pensando "ah de novo isso? Já vi em mil filmes e séries esse plot. Calminha!

O que falar desse casal? Eu achei bem fofinha como a relação deles se formou, do fato da Ev gostar de Country, de como ao invés de cair no clichê "rockeiro revoltado" ele é um menino fofoooo! Achei bem real a forma como se estabeleceu a aproximação. O fato dela ser diferente de todos os que já conheceu. Que só queriam se aproximar com interesses, seja de fama, pra se gabar ou então para tirar dinheiro.

Em certo momento eu achei algumas coisas confusas. O fato inclusive dele não ter (tanto) aquele tipo CAOS CAOS CAOS e aí nas últimas páginas "euteamoteadorocaseetenhafilhoscomigo", não, aqui encontramos um desenvolvimento amoroso um pouco diferente. Como falei acima, foi bem real a forma como eles dão uma chance para o que estão vivendo, coisa que poderia acontecer com você ou uma amiga. Não aquela coisa irreal, meio novela. Adorei adorei isso.

O livro é sim um new adult, mas não espere cenas pornograficamente detalhadas. A autora focou mais no sentimento p que eu amei. Claro que, cenas quentes tem, mas nunca fora de propósito com daquele jeito pornografia barata. Acredito que podemos sim colocar um livro com cenas quentes, sem cair na baixaria.

Por fim, este foi um livro que eu adorei, mesmo tento alguns problemas no decorrer. Tanto que eu demorei para escrever essa resenha e colocar os meus sentimentos em ordem. Algumas cenas saíram um pouco do meu gosto literário (bloqueios literários melhor dizendo), então tive um grande debate mental (aquelas dramáticas), mas eu consegui entender o que a autora queria com tudo aquilo.

E como eu já disse em outras resenhas, eu sou do time que ama esses livros que deixam a gente confusa, com amor, com ódio, mas que nos entreguem sentimentos.

Recomendo.

E meu deus! Quero "Play" agora! Mal foi um dos meus personagens favoritos do livro <3.

C/ @monique_lima @danniml.

Sobre o autor

Kylie é fã de historias de amor, rock n roll, filmes de terror b. Mora em Queensland, Austrália, ela gosta de ler e escrever.

Nota no Skoob

#MLI2016 - Maratona Literária de Inverno 2016 \o/

Oi gente! ♥.

Falou em Maratona Literária e eu já vou correndo me organizar \O/.



Como já devem estar carecas de saber, eu amo uma maratona, amo fazer TBR (mesmo que leia TUDO menos o que escolhi haha) e amo dividir as minhas leituras com vocês. 
Quando o Victor Almeida do canal "Geek Freak" anunciou a #MLI2016 (Maratona Literária de Inverno) eu já me empolguei e já fui pensando no que escolher. Ano passado eu participei e vou incrível! Amei a experiência e espero que esse ano seja ainda melhor. Afiiiiinal terá #Literamigas na maratona. Nós já postamos nossa TBR ♥ Confere o vídeo:



Sobre as minhas escolhas, tentei esse ano seguir os desafios semanais propostos, escolhendo mais de um livro para cada semana para ter opções e dando prioridade para os livros que estão na minha lista de 2016. Então vamos lá para as minhas escolhas:



#Semana 1 - Encalhados (livros que estejam na estante há mais de um ano):

- Prince of Thorns: Primeiro livro da trilogia dos espinhos. Quando saiu esse livro eu fui desesperada comprar, nunca li. Está na minha meta de 2016, então vamos dar aquela força.
- O Nome do Vento: Sabe aquele livro que você sabe que vai amar, mas tem aquela preguiça de começar? Pois é. Vamos encarar o/.

Video Literamigas semana #1:


#Semana 2 - Hype (livros que todos estejam falando e amando em cada canto do mundo literário aka livros que eu geralmente odeio ler HAHA)

- Cidade das Cinzas: Acredito que a série "Instrumentos Mortais" dispensa apresentações em quesito hype não é mesmo? haha. Já li o primeiro e gostei bastante, vamos ver o segundo.
- A evolução de Mara Dyer: Segundo livro da trilogia que bombou ano passado. Acabei de comprar o terceiro. Dependendo de como esse for, eu leio o ultimo também.

Video Literamigas semana #2:


#Semana 3 - Outros mundos (livros que se passem em outros universos/planetas/diferentes da atualidade que vivemos):

- Cinder: Releitura da cinderela, porém em um mundo onde ciborgues, princesas, rainhas lunares e humanos vivem na mesma sociedade.
- Corte de espinhos e rosas: Reconto bela e a fera. Mundo mágico onde féericos e humanos vivem na mesma sociedade.

#Semana 4 - Diversidade (livros com outras culturas/costumes/etnias/etc etc etc)

- A rebelde do deserto: Aborda a cultura do oriente médio.
- A Menina Submersa: Livro com personagem esquizofrênica.
- A garota dinamarquesa: Personagem transexual.



É isso gente. Claro que COMO SEMPRE, eu me sinto livre para deixar a vida me levar (vida leva eu) e ler de acordo com a vontade. Mas tentarei dar prioridade a esses.

A maratona iniciou na meia noite do dia 03/07 e vai até o dia 31/07 ou seja, um mês recheaaaaado de leituras.



Vídeo do Geek Freak apresentando a Maratona:



No vídeo está bem explicadinho sobre as datas, regras, formulário e de como acontecerão os sprints, desafios e sorteios o/ assim como a TBR do Victor #).

Quem está participando? 



Beijos!

Resenha: Caixa de Pássaros - Josh Malerman

Caixa de Pássaros
Autor: Josh Malerman
Ano: 2015
Páginas: 272
Editora: Intrínseca
Sinopse: Romance de estreia de Josh Malerman, Caixa de pássaros é um thriller psicológico tenso e aterrorizante, que explora a essência do medo. Uma história que vai deixar o leitor completamente sem fôlego mesmo depois de terminar de ler. 
Basta uma olhadela para desencadear um impulso violento e incontrolável que acabará em suicídio. Ninguém é imune e ninguém sabe o que provoca essa reação nas pessoas. Cinco anos depois do surto ter começado, restaram poucos sobreviventes, entre eles Malorie e dois filhos pequenos. Ela sonha em fugir para um local onde a família possa ficar em segurança, mas a viagem que tem pela frente é assustadora: uma decisão errada e eles morrerão.

O que achei


Não abra os olhos.

O livro conta a história de "algo" que apavora uma cidade. Não ficamos sabendo "o que", "quem" e "como" era coisa acontece, porém, a população após ver essa "coisa" acaba tirando a própria vida da forma mais violenta possível. Isso vai destruindo a cidade pois cada vez mais habitantes estão morrendo por ver esse "algo". A única certeza é: Não abrir os olhos.

Grávida, Malorie parte em busca de proteção e acaba indo para uma casa próxima ao rio onde algumas pessoas também estão tentando se proteger.  E é nessa casa que ela passa a aprender a viver "no escuro", pois só podem sair da casa com os olhos vendados, a não ser que queira uma morte violenta.

Quatro anos depois, Malorie decide ir junto com os filhos da casa pelo rio. A partir de então, no escuro, eles terão que enfrentar grandes desafios. Afinal ninguém sabe como está o mundo e qual é o mal que eles tanto temem.

O livro é narrado em terceira pessoa, em tempos diferentes. Conhecemos Malorie antes, durante e também no pequeno barco com os filhos. Indo e voltando como lembranças que tem como intuito nos ajudar a entender como ela e os filhos foram parar ali.

Em Caixa de Pássaros em cada página encontramos desconforto. Sabe aquela sensação quando você vê um filme e espera que qualquer segundo algo vai sair fazendo BUH de trás da porta? Pois é. A carga de terror psicológico é enorme, aquela agonia pelo o que está por vir, o autor escreve de uma forma tão envolvendo que é como se você estivesse ali como em um filme.

A ambientação é muito bem feita e as cenas são bem exploradas. É isso é um ponto bem positivo para o autor pois as descrições faziam com que eu me transportasse para o local. Muito bom.

Sobre a conclusão dos acontecimentos, tudo acontece de forma alucinante. Uma coisa meio filme mesmo. Mas eu não sei ainda até que ponto eu realmente gostei de como tudo se fez. Eu entendi o que o autor quis fazer, mas eu senti falta de mais explicações sobre a origem desse caos que afetou tanto aquelas pessoas.

Porém, isso não tira o brilho do livro. A discussão rendeu e isso que importa, afinal livro bom é livro que dá o que falar.

C/ @monique_lima e @danniml 💗.

Sobre o autor


Josh Malerman é cantor e compositor da banda de rock High Strung. Filho do meio, Malerman gosta de escrever ao som de trilhas sonoras de filmes de terror, como Grito de horror e Creepshow - Arrepio do medo. Ele mora em Ferndale, Michigan, com a noiva. Caixa de pássaros é seu romance de estreia. (Fonte: MaisQueLivros).

Sobre a edição:

Nas telinhas:

A Universal Studios comprou os direitos de Caixa de Pássaros, um thriller psicológico escrito por Josh Malerman.

O filme será dirigido por Andrés Muschietti (Mama), e tem o roteiro escrito por Eric Heisserer (Premonição 5 e A Coisa). Mesmo na pré-produção e sem atores escalados, o roteiro já foi enviado para algumas atrizes que podem ficar com a protagonista. (Fonte: poltronanerd)



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Beijos!



Resenha: Fúria Vermelha (Red Rising #1) - Pierce Brown

Fúria Vermelha (Red Rising #1)
Autor: Pierce Brown
Ano: 2014
Páginas: 468
Editora: Globo Livros
Sinopse: Fúria Vermelha é o primeiro volume da trilogia Red Rising, e revive o romance de ficção científica que critica com inteligência a sociedade atual. Em um futuro não tão distante, o homem já colonizou Marte e vive no planeta em uma sociedade definida por castas. Darrow é um dos jovens que vivem na base dessa pirâmide social, escavando túneis subterrâneos a mando do governo, sem ver a luz do sol. Até o dia que percebe que o mundo em que vive é uma mentira, e decide desvendar o que há por trás daquele sistema opressor. Tomado pela vingança e com a ajuda de rebeldes, Darrow vai para a superfície e se infiltra para descobrir a verdade.

O que achei:

Fúria Vermelha, o primeiro de uma trilogia, conta a história de Darrow. Um vermelho (a posição mais baixa da hierarquia de Marte), sua função no planeta é a de "mergulhador-do-inferno" ou seja, escavar o subsolo, extraindo hélio para torná-lo habitável para os ex habitantes da Terra (já que ela não consegue mais comportar habitantes. Será esse nosso futuro?). Darrow tem 16 anos (não se engane por essa idade PELOAMOR) e casado com Eo. Mesmo vivendo uma vida praticamente miserável, em que os mantimentos era escassos (por ficarem em maior quantidade com as castas poderosas) ele julga ter uma vida "satisfatória". Um "acidente" ocorre e Darrow se vê condenado a morte e sua esposa morta. É salvo por rebeldes que querem destruir os Ouros. Para isso ele recebe um treinamento para ser infiltrado em meio aos inimigos.

O que falar desse livro? Livro com enredo incrível, criativo, verdadeiro, intenso e sangrento. Acredito que a promoção do livro pecou em vendê-lo como um livro jovem, pois apesar da idade dos personagens m, é um livro cru e adulto.

Não só o personagem principal é incrível como aqui temos personagem secundários que de secundários não tem nada e meu deus, a força feminina está presente em uma dose maravilhosa neste primeiro volume. O que foi Mustang? Que personagem maravilhosa.

Quem me conhece sabe como eu dispenso o romance em muitos livros, de como eles podem ter o poder SIM de estragar um livro (não sei vocês, mas odeio quando todos os ideais são deixados de lado por um namorico adolescente) e assim como o MARAVILHOVISK "An ember in the ashes" (Uma chama entre as cinzas), Furia Vermelha mostra que podemos sim ter amor sem fazer que os personagens fiquem aleatórios em frente à sua luta. E que aula de política e luta pelo poder. Dessa vez a comparação a GOT não foi "marqueteira". Destruidor.

Um ponto que eu amei também foi o fato de como este é um livro realista. Com decisões realistas. Gostei de como o personagem se mantém fiel aos seus sentimentos. Fiel às dores, a saudade, as dúvidas, a tudo. Achei lindo. Pena não poder falar de que cena eu me refiro por ser um spoiler.

Só não dou nota máxima para o livro, pois confesso que a primeira metade me deixou confusa. O autor vai jogando tudo na sua cara e você tem que ir pegando e juntando na cabeça. Mas depois que você faz isso tudo explode na sua mente e é tiro atrás de tiro. Que autor incrível (fora ser um gatinho). Espero que, como todos falam, os próximos dois volumes sejam ainda melhores.
Amei.

Leitura c/ @carolthereader

GLOSSÁRIO LISTA DE CLASSES

Ouros: Membros mais nobres da sociedade. Os mais fortes e belos, orgulhosos e vaidosos. Controlam toda a sociedade.
Pratas: Contabilizam e manipulam a moeda e a logística.
Brancos: Controlam a justiça e a filosofia da sociedade. São os pensadores.
Cobres: Também chamados de Centavos, administram a burocracia e o Comitê de Qualidade.
Azuis: São os viajantes e exploradores do universo.
Amarelos: Estudam os medicamentos e as ciências.
Verdes: Desenvolvem a tecnologia.
Violetas: Os criativos. Considerados artistas da sociedade.
Laranjas: Os engenheiros mecânicos. São os mais prestigiados da classe dos trabalhadores.
Cinzas: Também chamados de Latões, garantem a ordem e a hierarquia nas sociedades.
Marrons: Serviçais das tarefas cotidianas.
Obsidianos: Também chamados de Corvos. Elite militar da sociedade, garantem a proteção dos Dourados.
Rosas: São empregados e proporcionadores de prazer da alta sociedade.
Vermelhos: As formigas operárias da sociedade. A capacidade física e mental dos integrantes dessa cor é imensurável.


Sobre o autor
miauuuuuuu
Pierce Brown vive em Los Angeles. Cursou ciências políticas e economia na faculdade e trabalhou como analista de redes sociais em uma startup de tecnologia e nas redes de televisão NBC e ABC, enquanto tentava escrever em seu tempo livre. Fúria Vermelha é seu livro de estreia.

Sobre a edição:

Globo Alt arrasou nessa edição, apesar de ser um livro grande e pesado (o que me atrapalhou de levar no ônibus) ele tem um acabamento lindo. Tem uma capa emborrachada o que torna o livro gostoso de pegar. Lindo.

Nas telinhas:

'Fúria Vermelha' será adaptado para o cinema por Marc Forster, diretor de Guerra mundial Z.

Nota no Skoob

BEIJOS!

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